Meus Cumprimentos

É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra, não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele, por terem apenas passado pela vida...
Bob Marley

terça-feira, 26 de junho de 2007

A música como um todo

Quem não gosta de música? Generalizando não existe. Uma cultura que vive há tempos e que faz parte de nosso dia-a-dia. A música serve de animação, inspiração, informação, consolo, tristeza e reflexão. Tudo isso relaciona um só poder: a expressão. Rimas ritmadas, melódicas e estendidas, encaixadas em instrumentais de diversos timbres (a voz não deixa de ser um instrumento humano, complementado no instrumental e que expressa as palavras) que compõem a harmonia, que estão quase todo tempo em nossa cabeça, fazendo-nos cantar com o pensamento, acompanhar o ritmo com as pernas ou as mãos e muitas vezes nos desviando de devidas atenções. Tudo isso é muito bom, tanto que para cada pensamento existe um estilo preferido. Por isso temos rótulos em cada música, e não deixa de ser um produto, que é consumido pelos tão ambiciosos apreciadores dele. Nestas divisões, há conflitos entre os estilos, conseqüência das imperfeições do ser humano que se representam pelo preconceito ou pela ignorância de criticar sem a devida sabedoria ou simplesmente sem o raciocínio lógico (talvez adquiridos pela sua educação que lhe forneceu crenças capazes de distraí-lo de outros meios).

Admito que estou refletindo um lado apreciador e um lado crítico. Independente de quem esteja envolvido com a criação da música e de quem só escuta, as críticas, com ou sem fundamento, estão presentes em todos. No entanto, o mundo é tão complexo, que é muito difícil ou quase impossível de analisarmos todos os pontos e compreendermos o certo. Por isso que hoje a verdade é relativa, cada um pensa do seu ponto de vista (então, talvez manipulamos o significado de “verdade” e ela passou a ser um significante, ou seja, relativo, usado para qualquer desculpa esfarrapada). Mas apelo pelo esforço das pessoas, para que exercitem o raciocínio procurando analisar ângulos até onde conseguirem. O interesse por coisas diferentes é que leva ao conhecimento.

Quem faz música geralmente faz com gosto. Vive ela porque ama e se vive dela não pode ter receio de fazer dinheiro. A questão está em produzi-la com qualidade. Desde a primeira nota até a letra composta. O sucesso é uma conseqüência do que agente faz com amor, a fama se dá pelo reconhecimento do público e a moda se faz pela seleção de músicas para a mídia. Claro que a falta de qualidade existe, também servindo para a moda. O artista aceita fazer, pois está ganhando dinheiro e fama e o povo gosta porque está apegado à mídia. As músicas que se originam de uma tradição e que não entram para o modismo, são reconhecidas como as melhores em relação à qualidade geral. Porém, tudo evolui, ou alguns mudam um ponto do estilo, sem alterá-lo totalmente. Aí vem o crítico dizendo que esta mudança foi feita para o modismo. Nem sempre é assim! Temos que saber diferenciar a música boa da música mal feita e não a pop da desconhecida, assim como podemos continuar apreciando as musicas antigas ao mesmo tempo em que ouvimos as mais recentes, independente do estilo ou do modismo. Às vezes, a moda pode pegar um produto de qualidade e fazer dele uma fábrica de dinheiro, contudo, não deixa de ser um produto bem feito e quanto a letra, pode ser sobre qualquer assunto, desde que seja bem feita num instrumental bem produzido. O que não devíamos fazer é nos vendermos para a mídia, e sim exigirmos dela o melhor e a diversidade.

Muitos podem não concordar, mas um exemplo bem comum é o Armandinho e Banda, que muitos ouvintes do reggae não gostam das suas músicas, quando explicam o motivo: “Armandinho é pop, ele diz que escuta Bob Marley mas faz reggae romântico, nada a ver com o verdadeiro reggae”. Bom, primeiro estamos avaliando sua música ou sua pessoa? Segundo: devemos encalhar num gênero musical sem abrir a mente para coisas diferentes ou novas? Terceiro: o mesmo que faz a crítica a ele, provavelmente gosta de alguma outra música de outro estilo (quer dizer que não ouve somente reggae), então, por que não pode aceitar um reggae diferente do de origem? Penso que uma pessoa não gostar de Armandinho porque a harmonia não faz bem a seus ouvidos, é aceitável. Mas outra dizer que não gosta porque é pop e diferente de Bob Marley, é ignorância. O que importa é a qualidade desde o arranjo instrumental até a gravação para que faça bem aos nossos ouvidos. E as letras do Armandinho podem não ser de críticas, mas são de paz, amor, consolo e de bom-humor, e suas músicas são de boa qualidade.

E a música gaúcha? Todos têm o direito de não gostar. Mas se criticarem de maneira geral sem conhecê-la o suficiente, eu protesto! Indo mais afundo neste gênero musical, podemos descobrir uma tradição que faz música de qualidade, bem arranjada e letras que abrangem assuntos diversos: românticos, reflexivos, críticos, contadores de histórias, patriotismo (que se refere ao Rio Grande do Sul, ao Brasil, à América Latina e até ao resto do mundo). Enfim, letras bem feitas e inteligentes. Se algumas músicas expressam o orgulho de ser rio-grandense e a tradição que tanto amam, não quer dizer que todo o gênero é assim, muito menos que, generalizando, o gaúcho só fala dele mesmo, de suas tradições e se exclui do resto do mundo.

Enfim, para tirarmos conclusões desse tipo, devemos conhecer o assunto e não generalizarmos a partir da primeira impressão que temos, ou então, seremos chamados de ignorantes. Vamos ver a música como um todo. Sua inteligência é capaz de analisar e diferenciar a música boa da ruim, a bem feita da mal feita e a pop da com boa qualidade? Então quero ver!

2 comentários:

Anônimo disse...

porra cara esse texto fico de profi nossa muito bom msmo
fiquei de cara agora

o cara dos texto
agora botei fé
c vai c colunista la no MB ahuahuaha

so espera ate agosto quando de o primero ano
hauaha

fmz
continua
flw
abrazz

Anônimo disse...

Isso ai leo, bom demais o texto, afinal de contas, música é música. Tenho minhas preferências mas acho que é algo bom para refletir sobre...
e o livro hein?
abraçO!